O tratamento da obesidade mórbida é multidisciplinar, sendo a cirurgia um pilar muito importante. A cirurgia bariátrica é um dos procedimentos com maior aumento de realização nos últimos anos e ainda se estima que apenas em torno de 1% dos pacientes com indicação efetivamente são submetidos a cirurgia.
A cirurgia não deve ser encarada somente como um procedimento para perda de peso, mas sim a busca por saúde - grande parte das comorbidades associadas a obesidade melhoram ou são curadas com a cirurgia. Podemos destacar diabetes, hipertensão, dislipidemia, dentre outras.
A cirurgia é realizada de maneira minimamente invasiva, podendo ser utilizadas duas técnicas: By-pass gástrico e sleeve (gastrectomia em manga).
Bypass Gástrico
Neste procedimento é realizada uma redução no estômago (grande parte do mesmo fica desviada do transito intestinal) e se associa um desvio do intestino delgado. A perda de peso se da por restrição de volume, alterações de absorção e mecanismo hormonais.
Sleeve
Neste procedimento grande parte do estômago é removido, reduzindo a capacidade do mesmo. A perda de peso se da por mecanismo mais restritivo. A grande desvantagem deste procedimento é a azia/refluxo que pode ser importante; não há desvio do transito intestinal mantendo a capacidade de absorção do intestino.
Quem tem indicação?
Com o peso e altura, devemos calcular o IMC:
Pacientes com IMC entre 35kg/m² e 40kg/m² se tem doenças associadas a obesidade.
Pacientes com IMC maior que 40kg/m² mesmo que nao tenha doenças associadas a obesidade.
Mesmo se encaixando nos critérios, todos os pacientes devem passar por avaliação multi-disciplinar para indicação do procedimento.